Aposta
nos cavalos
por
Milton
Procópio de Borba
Li
esta situação numa Revista do Professor de Matemática, eu acho. Achei muito
interessante.
Conta um matemático que seu amigo carioca (não matemático) veio lhe narrar o
seguinte ocorrido:
Certo
dia eu cheguei em casa e encontrei um recado na minha caixa de correio (na
época, poucas pessoas tinham internet), sugerindo que eu apostasse,
naquele sábado (ou domingo, não lembro), no cavalo 3 da primeira
corrida. Como nunca fui de jogar e também nem poderia acreditar num desconhecido
qualquer, nem dei bola.
Movido pela curiosidade, no dia seguinte, olhei no jornal (alguns jornais do
Rio trazem os resultados das corridas) e surpresa: eu teria ganhado.
“Paciência”, pensei.
Na semana seguinte, novo recado com novo cavalo e, por via das dúvidas, fui até
o jóquei e fiz uma fezinha (coisa pouca) e não é que deu certo.
O mesmo se repetiu na terceira semana, só que desta vez eu fui um pouco mais
afoito (mas nem tanto) e novamente ganhei.
Eu não via a hora de receber o quarto recado, mas este não vinha e o dia da próxima
corrida estava chegando. Eu até já tinha vendido alguns bens para ir com
tudo, mas nada de recado.
Na véspera da corrida, recebo um telefonema de uma pessoa dizendo ser o autor
dos recados anteriores, perguntando se eu estaria interessado num último
palpite.
Ele tinha muita confiança no seu palpite a ponto de nada querer em troca,
exceto que eu lhe desse a metade das apostas que eu fizesse no cavalo que
ele me indicaria na hora, minutos antes da corrida.
Marcamos encontro na bilheteria e, na hora de fazer as apostas (enormes, é
claro), ele me falou do cavalo e eu dividi com ele as apostas. Em seguida
ele desapareceu entre os demais apostadores lá presentes.
Acredite, se quiser, o meu cavalo perdeu e fiquei a me perguntar:
PORQUE ? O QUE O CARA GANHOU COM ISTO ?
O Matemático respondeu:
Você foi vítima
de um golpe de quem usou um pouco de Matemática (expoentes
/ PG) para, com a sua ajuda (e de mais outros), ficar rico.