Cônicas
Circunferência
Equação padrão
Circunferência é o conjunto de todos os pontos de um plano eqüidistantes de um ponto fixo, desse mesmo plano, denominado centro da circunferência:
Assim, sendo C(a, b) o centro e P(x, y) um ponto qualquer da circunferência, a distância de C a P(dCP) é o raio dessa circunferência. Então:
Portanto, (x - a)2 + (y - b)2 =r2 é a equação padrão da da circunferência e permite determinar os elementos essenciais para a construção da circunferência: as coordenadas do centro e o raio.
Equação reduzida
Quando o centro da circunfer6encia estiver na origem ( C(0,0) ), teremos : x2 + y2 = r2 .
Equação geral
Desenvolvendo a equação padrão, obtemos a equação geral da circunferência:
Como exemplo, vamos determinar a equação geral da circunferência de centro C(2, -3) e raio r = 4.
A equação padrão da circunferência é:
( x - 2 )2 +( y + 3 )2 = 16
Desenvolvendo os quadrados dos binômios, temos:
Elipse
Considerando,
num plano , dois pontos
distintos, F1 e F2 , e sendo 2a um número
real maior que a distância entre F1 e F2,
chamamos de elipse o conjunto dos pontos do plano
tais que a soma das distâncias desses pontos a F1 e
F2 seja sempre igual a 2a.
Por exemplo, sendo P, Q, R, S, F1 e F2 pontos de um mesmo plano e F1F2 < 2a, temos:
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A figura obtida é uma elipse.
Observações:
1ª) A Terra descreve uma trajetória elíptica em torno do sol, que é um dos focos dessa trajetória.
A lua em torno da terra e os demais satélites em relação a seus respectivos planetas também apresentam esse comportamento.
2ª) O cometa de Halley segue uma órbita elíptica, tendo o Sol como um dos focos.
3ª) As elipses são chamadas cônicas porque ficam configuradas pelo corte feito em um cone circular reto por um plano oblíquo em relação à sua base, formando um ângulo menor que o formado pela geratriz.
Elementos
Observe a elipse a seguir. Nela, consideramos os seguintes elementos:
focos : os pontos F1 e F2
centro: o ponto O,
que é o ponto médio de
semi-eixo maior: a
semi-eixo menor: b
semidistância focal: c
vértices: os pontos A1, A2, B1, B2
eixo maior:
eixo menor:
distância focal:
Relação fundamental
Na figura acima, aplicando o Teorema de Pitágoras ao triângulo OF2B2 , retângulo em O, podemos escrever a seguinte relação fundamental:
a2 =b2 + c2 |
Excentricidade
Chamamos de excentricidade o número real e tal que:
|
Pela definição de elipse, 2c < 2a, então c < a e, conseqüentemente, 0 < e < 1.
Observação: Quando os focos são
muito próximos, ou seja, c é muito pequeno, a elipse se aproxima de uma
circunferência.
Equações
Vamos considerar os seguintes casos:
a) elipse com centro na origem e eixo maior horizontal
Sendo c a semidistância focal, os focos da elipse são F1(-c, 0) e F2(c, 0):
Aplicando a definição
de elipse ,
obtemos a equação da elipse:
|
b) elipse com centro na origem e eixo maior vertical
Nessas condições, a equação da elipse é:
|
|
Hipérbole
Considerando,
num plano , dois pontos
distintos, F1 e F2 , e sendo 2a um número
real menor que a distância entre F1 e F2 ,
chamamos de hipérbole o conjunto dos pontos do plano
tais que o módulo da diferença das distâncias desses pontos a F1
e F2 seja sempre igual a 2a.
Por exemplo, sendo P, Q, R, S, F1 e F2 pontos de um mesmo plano e F1F2 = 2c, temos:
![]() |
|
A figura obtida é uma hipérbole.
Observação: Os dois ramos da hipérbole são determinados por um plano paralelo ao eixo de simetria de dois cones circulares retos e opostos pelo vértice: |
|
Elementos
Observe a hipérbole representada a seguir. Nela, temos os seguintes elementos:
focos: os pontos F1 e F2
vértices: os pontos A1 e A2
centro da hipérbole: o ponto O,
que é o ponto médio de
semi-eixo real: a
semi-eixo imaginário: b
semidistância focal: c
distância focal:
eixo real:
eixo imaginário:
Excentricidade
Chamamos de excentricidade o número real e tal que:
Como c > a, temos e > 1.
Equações
Vamos considerar os seguintes casos:
a) hipérbole com centro na origem e focos no eixo Ox
|
F1 (-c, 0) F2 ( c, 0) |
Aplicando a definição de hipérbole:
Obtemos a equação da hipérbole:
b) hipérbole com centro na origem e focos no eixo Oy
Nessas condições, a equação da hipérbole é:
|
|
Hipérbole eqüilátera
Uma hipérbole é chamada eqüilátera quando as medidas dos semi-eixos real e imaginário são iguais:
|
a = b |
Assíntotas da hipérbole
Assíntotas são retas que contêm as diagonais do retângulo de lados 2a e 2b.
Quando o eixo
real é horizontal, o coeficiente angular dessas retas é ;
quando é vertical, o coeficiente é
.
Equação
Vamos considerar os seguintes casos:
a) eixo real horizontal e C(0, 0)
As assíntotas passam pela origem e têm coeficiente angular ;
logo, suas equações são da forma:
b) eixo vertical e C(0, 0)
As assíntotas
passam pela origem e têm coeficiente angular ;
logo, suas equações são da forma:
Parábola
Dados uma reta d e um ponto F ,
de um plano
, chamamos
de parábola o conjunto de pontos do plano
eqüidistantes de F e d.
Assim,
sendo, por exemplo, F, P, Q e R pontos de um plano
e d uma reta desse mesmo plano, de modo que nenhum ponto pertença a d,
temos:
|
|
Observações:
1ª) A parábola é obtida seccionando-se obliquamente um cone circular reto com um plano paralelo à geratriz oposta:
2ª) Os telescópios refletores mais simples têm espelhos com secções planas parabólicas.
3ª) As trajetórias de alguns cometas são parábolas, sendo que o Sol ocupa o foco.
4ª) A superfície de um líquido
contido em um cilindro que gira em torno de seu eixo com velocidade constante é
parabólica.
Elementos
Observe a parábola representada a seguir. Nela, temos os seguintes elementos:
foco: o ponto F
diretriz: a reta d
vértice: o ponto V
parâmetro: p
Então, temos que:
o vértice V e o foco F ficam numa mesma reta, o eixo de simetria e.
Assim, sempre temos .
DF =p
V é o ponto médio de
Equações
Vamos considerar os seguintes casos:
a) parábola com vértice na origem, concavidade para a direita e eixo de simetria horizontal
Como a reta d
tem equação e
na parábola temos:
;
P(x, y);
dPF = dPd ( definição);
obtemos, então, a equação da parábola:
y2 = 2px |
b) parábola com vértice na origem, concavidade para a esquerda e eixo de simetria horizontal
Nessas condições, a equação da parábola é:
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c) parábola com vértice na origem, concavidade para cima e eixo de simetria vertical
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d) parábola com vértice na origem, concavidade para baixo e eixo de simetria vertical
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