Contabilmente, depreciação é uma
DESPESA equivalente à perda do valor de um bem, quer seja por deterioração,
quer seja por obsolescência.
Na declaração anual de Imposto
de Renda, a depreciação pode ser abatida das receitas.
Isto provoca um menor lucro
contábil e conseqüentemente, menos imposto a pagar.
Depreciação
Contábil
Para evitar o lançamento de altos
valores de depreciação, o governo estabelece regras definidas
para cada tipo de bem (por exemplo: 25 anos para prédios, 10 anos para
equipamentos, 5 anos para veículos, salvo justificativas adequadas de uma
“maior” utilização).
Em todos os casos, a Depreciação
Contábil considerada é Linear, isto é
A depreciação anual é constante
(até o prazo N ), valendo
DC = (1/N ) . P
Aqui, DC = Depreciação Contábil;
N =
prazo de depreciação contábil;
1/N
= fator de depreciação contábil;
P
= Preço de compra.
O Valor Contábil, depois de n
anos é dado, então, por
VC(n) =
P – n . DC è
VC(n) = P – (P/N) . n
Graficamente, temos uma reta
decrescendo de VC(0) = P até VC(N) = 0.
Podemos, ainda, considerar que com o passar dos anos,
VC(n) forma uma
Progressão Aritmética (PA), com primeiro termo VC(0)
= P e razão
–P/N:
VC(0)
= P , P – P/N , P – 2.P/N , ..., VC(N) = P – N.P/N = 0
Depreciação
Real (Efetiva)
A fim de fazer previsões e melhor
planejar novos investimentos, se torna interessante conhecermos uma estimativa
mais real para a depreciação e conhecer, por exemplo, o valor de venda deste
bem.
Costuma-se partir da hipótese de
que depois de um tempo N
( normalmente maior que o prazo de depreciação contábil ), teremos, ainda, um
Valor residual estimado (VRE).
Depreciação LINEAR: Como no caso da Depreciação Contábil, a depreciação real anual é constante:
DL = (1/N ) . ( P – VRE)
Aqui,
DL
= Depreciação real Linear;
N = prazo de depreciação;
1/N = fator de depreciação;
P = Preço de compra;
VRE = Valor Residual Estimado.
O
Valor Real, depois de n anos é dado, então, por
VL(n) =
P – n . DL è
VL(n) = P –
. n
Graficamente,
temos uma reta decrescendo de VL(0) = P
até VL(N) = VRE.
Podemos, novamente,
considerar que com o passar dos anos, VL(n) forma uma Progressão Aritmética
(PA), começando em VL(0)
= P e razão
(VRE
- P )/N.
Percebe-se que no caso de
VRE
= 0,
a Depreciação real Linear se comporta como a Contábil.
Depreciação EXPONENCIAL:
Neste caso, a depreciação real anual não é constante.
Começa maior no
primeiro ano e vai decrescendo exponencialmente:
V(n) = P. E n è V(n) = P. ( 1 – t ) n
Aqui,
V(n)
= Valor real Exponencial após n anos;
P = Preço de compra;
E = ( 1 – t ) = base da Exponencial;
t = taxa de depreciação ( sobre o valor anterior ).
A
Depreciação real Exponencial é dada por D(n) = t . V(n-1)
Graficamente,
temos uma exponencial decrescendo de V(0) = P
até
V(N) = VRE è
P. ( 1 – t ) N = VRE è
t = 1 -
Podemos, agora, considerar
que com o passar dos anos, V(n)
forma uma Progressão Geométrica (PG), começando em V(0)
= P e razão
( 1 - t ):
P , P. ( 1 – t ) ,
P. ( 1 – t ) 2 ,
P. ( 1 – t ) 2 ,…, VRE
Bibliografia
KOPITTKE, H. Bruno e CASAROTTO FILHO, Nelson. Análise de Investimentos. São Paulo: Atlas, 2000.